Hoje de manhã, no trânsito para o Porto e a ouvir A New Year Day dos U2, lembrei-me das festas de garagem que costumávamos organizar no burgo. A garagem do peixoto, a da Mónica, a cave do João Nuno e outros sítios (que davam para escurecer até quase ser noite completa às 3 da tarde) eram normalmente os escolhidos. As hostilidades começavam com uma música light, para disfarçar, e depois seguiam para o belo do “slow”, até acabarem em rockalhada pura e dura (Clash, U2, Stones, etc.) a bem dizer de forma a separar de novo o mundo feminino do másculo na hora em que mamães preocupadas chegavam para resgatar as filhas das mãos malvadas dos gatunos que por lá andavam.
O slow era uma instituição! Chegava à horinha do dito e toca de agarrar a catraia (ou o catraio no caso das mais descomplexadas) e dançar uns bons minutos agarradinhos como se não houvesse mais nada onde agarrar e estivéssemos quase a cair de uma falésia em Sagres ou na Costa Vicentina. Era no slow que a malta se declarava. Gaja que é gaja percebia logo a intenção do bandido… se não estivesse interessada em ouvir o piropo, uma declaração em surdina ou, em casos mais corajosos, de levar uma apalpadela no rabo, após o beijo no cangote, não aceitava sequer o pedido de dança. Podíamos até ficar destroçados, mas pelo menos ficávamos logo a saber que tínhamos de procurar outra vítima conquista.
Uma das músicas que se dançava na altura (sim estou a ficar um carquejo do caraças) dava pelo nome de “I like Chopin” (eu sei que deixo de lado uma importante carreira política com estas declarações, mas “what the hell” ou seja… que se lixe com F dos grandes) e era cantada por um artista (ou grupo… não me recordo bem) que se chamava “Gazebo”. Alguém conhece? Ou lembra-se do dito?* Eu dou uma ajudinha…
Eu sei… eu sei… estão a perguntar os mais novos: “Como é que é possível!!!! Quem é que raio dançava isto!” Era o preço a pagar meus caros. Não se pode ter tudo, mas logo a seguir (logo é como quem diz… ainda havia mais algumas misérias parecidas) passávamos para os U2. Em todo o caso penso que todos os que dançaram alguma vez numa festa destas um slow sabem perfeitamente do que estou a falar.
* assim que coloquei a música a minha colega aqui em frente precisou dos dois primeiros acordes para saber do que se tratava. Lá está… muita boa gente vai recordar este shake com saudade!
Julho 25, 2007 às 11:27 am |
eu ca sou uma miuda nova e tambem dancei saloues lol SHAME ON ME
Julho 25, 2007 às 12:12 pm |
Shame on you really MiSs detective 🙂 isso é lá coisa que se faça! 🙂 Também tinhas festarolas de garagem!? LOL
Julho 25, 2007 às 12:12 pm |
Esta música pirooooooooooosa … nem vou comentar mais! Porque daqui a pouco nem as minhas poções me salvam….
Julho 25, 2007 às 12:13 pm |
Pirosa!? Naaaaaaaa nada disso! 🙂
Julho 25, 2007 às 12:53 pm |
coloca um texto interessante para eu ler!! n ha paciencia hihihi
Julho 25, 2007 às 1:01 pm |
Cunhada… ainda bem que pediste! um destes dias tento colocar aqui um texto que possa almejar chegar ao nível de vossa excelência… mas por enquanto lês o que cá anda… ou não passas por cá! ehehehe LOL
Não sejas curiosa… passas cá todos os dias é porque gostas pá!
Julho 25, 2007 às 2:42 pm |
LOLOLOL
Era realmente muito mau, este slow. Música e vídeo típico dos anos 80, que também tinha muitas coisas foleiras :).
Mas o post, está fantástico, mesmo ao jeito do Bilhas 🙂
Julho 25, 2007 às 2:50 pm |
:$ ehehehe assim deixas-me envergonhado, Karla! But thanks!
Julho 25, 2007 às 3:24 pm |
Envergonhado, tu? Ehehehehe
Por falar em vergonhas … deste-me uma ideia para um post. 😉 Mais logo 🙂
Julho 25, 2007 às 7:24 pm |
Eh Pah…. Socorro!!! Tou a ficar velha….
Agosto 9, 2007 às 3:19 am |
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